Mais uma que trouxe do Algarve.
Retiras-te para ir mijar pela 3ª vez. É sempre a mesma treta quando bebes muito, a tua bexiga não aguenta nada.
Enquanto urinas vem-te à cabeça a estúpida anedota do velho bêbedo que despeja uma garrafa de whisky no urinol porque está farto de ser a porra do intermediário. Pensas Eu também hei-de ser assim, um velho patético farto de servir de intermediário da vida. Apesar de saberes o contrário, sentes que não tens controlo sobre a tua vida. Que esta merda é andar ao sabor da maré. Tudo aquilo que tu alguma vez consegues realizar trata-se de algo que alguém já te tinha colocado a teus pés.
Durante instantes perdes os teus pensamentos para o estupor alcoólico, como quem tem um furo no bolso das calças e está sempre a perder as moedas e a apanhá-las do chão. Rapidamente voltas ao mesmo sem sequer te aperceberes. Merda. Merda, merda, merda. Hás-de morrer sozinho e penoso, seu idiota desgraçado. Hás-de tornar-te no cliché de tudo o que te revolta.
Lavas as mãos, foste educado para isso. Há que sempre lavar as mãos apesar de teres lido um artigo recentemente sobre ser mais higiénico não lavar as mãos depois de mexer na pila que foi lavada de manhã do que tocar no dispensor de sabonete líquido em que não sei quantas pessoas já mexeram e que anda ali a fermentar bactérias.
Retiras-te para ir mijar pela 3ª vez. É sempre a mesma treta quando bebes muito, a tua bexiga não aguenta nada.
Enquanto urinas vem-te à cabeça a estúpida anedota do velho bêbedo que despeja uma garrafa de whisky no urinol porque está farto de ser a porra do intermediário. Pensas Eu também hei-de ser assim, um velho patético farto de servir de intermediário da vida. Apesar de saberes o contrário, sentes que não tens controlo sobre a tua vida. Que esta merda é andar ao sabor da maré. Tudo aquilo que tu alguma vez consegues realizar trata-se de algo que alguém já te tinha colocado a teus pés.
Durante instantes perdes os teus pensamentos para o estupor alcoólico, como quem tem um furo no bolso das calças e está sempre a perder as moedas e a apanhá-las do chão. Rapidamente voltas ao mesmo sem sequer te aperceberes. Merda. Merda, merda, merda. Hás-de morrer sozinho e penoso, seu idiota desgraçado. Hás-de tornar-te no cliché de tudo o que te revolta.
Lavas as mãos, foste educado para isso. Há que sempre lavar as mãos apesar de teres lido um artigo recentemente sobre ser mais higiénico não lavar as mãos depois de mexer na pila que foi lavada de manhã do que tocar no dispensor de sabonete líquido em que não sei quantas pessoas já mexeram e que anda ali a fermentar bactérias.
Voltas à conversa intelectual alimentada pela bebida e pela madrugada. O teu amigo de longa data aconselha-te outra cerveja, pensas demais, preocupas-te demais, precisas de saber desligar.
Não consigo. Aquele cabrão nunca há-de fazer ideia o quão o invejas. O quão gostarias que fosse assim tão fácil para ti. Já há muito que deixaste de procurar remédios para os teus males em pequenas garrafinhas milagrosas. Mesmo assim bebes.
Foda-se, a noite no Algarve é fantástica.
Não consigo. Aquele cabrão nunca há-de fazer ideia o quão o invejas. O quão gostarias que fosse assim tão fácil para ti. Já há muito que deixaste de procurar remédios para os teus males em pequenas garrafinhas milagrosas. Mesmo assim bebes.
Foda-se, a noite no Algarve é fantástica.
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