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Eu e Ela estávamos a jogar com raquetes à beira do mar. Apareceu uma gaivota a rondar aquela zona que parou a olhar-nos curiosamente.
Pausámos o jogo, divertidos com o acontecimento, e a gaivota entretanto decidiu atravessar entre nós, parando do lado oposto.
Ela adorou a ideia de a gaivota pensar que a bola que atirávamos um ao outro podia ser comida e pediu-me para reiniciar o jogo.
Ora, eu não percebo de política interracial, mas esse gesto deve ter sido interpretado pela gaivota como um anúncio de guerra pois mal voltei a parar o jogo, devido aos guinchos provenientes do meu flanco direito, olhá-mo-nos olhos nos olhos e ela levantou voo na minha direcção pronunciando sons que reviverei apenas nos meus mais profundos pesadelos.
Armado apenas com a raquete que tinha na mão, assumi a pose de defesa mais valente que se me ocorreu no momento: agaixado com a raquete pronta a esmagar crânio de gaivota ou a proteger-me os olhos.
Foi nesta altura que entrámos numa espécie de dança bélica, que num mundo mais justo teria sido acompanhada de uma música de Vangelis. Eu recuava para trás e desviava-me dela para evitar umas bicadas na cara; ela parava e retomava a sua investida sob o risco de levar uma raquetada caso se aproximasse muito.
Perante este impasse e porque não me agradava reviver de forma mais real um filme de Hitchcock nem ter de bater no animal, por muito estúpido que fosse, decidi optar por uma retirada estratégica.
Fugi, portanto. Para aumentar a humilhação, tinha metade da praia a rir-se do acontecimento e Ela quase a rebolar no chão.
Eu só queria saber é porque é que estas coisas me acontecem a mim constantemente.
Eu e Ela estávamos a jogar com raquetes à beira do mar. Apareceu uma gaivota a rondar aquela zona que parou a olhar-nos curiosamente.
Pausámos o jogo, divertidos com o acontecimento, e a gaivota entretanto decidiu atravessar entre nós, parando do lado oposto.
Ela adorou a ideia de a gaivota pensar que a bola que atirávamos um ao outro podia ser comida e pediu-me para reiniciar o jogo.
Ora, eu não percebo de política interracial, mas esse gesto deve ter sido interpretado pela gaivota como um anúncio de guerra pois mal voltei a parar o jogo, devido aos guinchos provenientes do meu flanco direito, olhá-mo-nos olhos nos olhos e ela levantou voo na minha direcção pronunciando sons que reviverei apenas nos meus mais profundos pesadelos.
Armado apenas com a raquete que tinha na mão, assumi a pose de defesa mais valente que se me ocorreu no momento: agaixado com a raquete pronta a esmagar crânio de gaivota ou a proteger-me os olhos.
Foi nesta altura que entrámos numa espécie de dança bélica, que num mundo mais justo teria sido acompanhada de uma música de Vangelis. Eu recuava para trás e desviava-me dela para evitar umas bicadas na cara; ela parava e retomava a sua investida sob o risco de levar uma raquetada caso se aproximasse muito.
Perante este impasse e porque não me agradava reviver de forma mais real um filme de Hitchcock nem ter de bater no animal, por muito estúpido que fosse, decidi optar por uma retirada estratégica.
Fugi, portanto. Para aumentar a humilhação, tinha metade da praia a rir-se do acontecimento e Ela quase a rebolar no chão.
Eu só queria saber é porque é que estas coisas me acontecem a mim constantemente.
Entretanto, já voltei do Algarve. Traumatizado, mas voltei.
4 comentários:
AHAH, muito bom!
e agora demos graças à imaginação, essa coisinha que nos permite visualizar momentos, ao que parece traumatizantes, aos quais não tivemos a oportunidade de presenciar.
será que alguém gravou e enviou para o tá a gravar?
eu rebolava no chão a rir..tenho dito..
Tás-te a queixar mas olha que o susto que apanhei com aquela égua é não foi tão divertido quanto a história da tua gaivota. Preferia uma bicada a um grande coice ou dentada de cavalo.
E desculpa mas foi meeesmo divertido. :P
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