sábado, 4 de julho de 2009

Pensamentos Divergentes (nº65)

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Poema para um Morto

A última vez que alguém te viu,
tinhas a cara pintada de branco
e os lábios bebidos num tom azul.

Aquele não eras tu.
Tudo o que alguma vez tinhas sido
encontrava-se diluído no espaço infinito,
(in)visível aos olhos.

O caixão era só um buraco negro,
e o teu corpo a nódoa física da tua ausência.

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