D - E tu, que queres fazer afinal quando acabares o curso?
Eu - Depende do dia em que me perguntares isso. Num dia podia dizer-te que me apaixona a ideia de ************, no outro se calhar prefiro fazer só ************. E ainda há outros dias em que te diria que estou farto desta merda e quero meter tudo pelas costas e fazer sei lá o quê da minha vida.
D (identificando-se) - Foda-se, eu não posso mesmo ter estas conversas contigo.
Eu (risos)
D - Sabes, a única coisa de jeito que li hoje foi uma citação de Lewis Carrol, da Alice no País das Maravilhas, quando ela encontra o gato. Pergunta-lhe qual o caminho que deve seguir...
Eu - "Depende de onde quiseres chegar".
D - Exacto. E depois ela diz que não sabe bem, e o gato responde-lhe "Então não importa o caminho que tomes". E é assim que eu estou agora.
Eu - Pois... E eu sei lá pá, eu não posso fazer só uma coisa. Eu posso tornar-me muito bom na minha área, posso tornar-me num ********* fenomenal, mas isso não me chega. Se eu não me tornar bom em outras coisas, seja escrita ou desenho, se eu não me sentir realizado nisso eu nunca me hei-de sentir bem.
D - Pois, esse é outro problema. Temos demasiados interesses e acabamos por nunca nos tormarmos realmente bons numa só coisa.
Eu - Exacto. Sei fazer muita coisa de forma mediocre e não há uma coisa em que seja realmente bom.
Mais tarde, próximos da despedida.
D - Foda-se... e é que nunca chegamos a uma conclusão.
7 comentários:
hummmmm....
arquitectura?
Porquê arquitectura, logo do cimo da cabeça?
olha poque neste momento por defeito, só penso nisso.
mas agora também me ocorreu jornalismo...
eu sei o que é, muahhaha
Como diria o meu prof. de GERSO... "Ser-se verdadeiramente especialista numa coisa torna-nos burros! Lá voltamos ao tempo da ditadura em que o melhor é estares sossegado no teu cantinho a fazer o que sempre soubeste fazer" E eu concordo com ele... até porque também não quero fazer uma única coisa na minha vida profissional. As pessoas que vivem apenas para uma única coisa não têm o mínimo de interesse. Nem que seja pelo facto de poderem nunca conseguirem alcançar isso e depois vivem uma vida miserável! =P
Eu acho que fazes muito bem, e o D também em serem assim.
Psicologia, Design ou Arquitectura (e neste ponto tb estou com a Marta)!
Toma lá um rótulo de quem te vê e te conhece apenas e só pela escrita!
Também podias ser um ingenheirrooo inconformado e descontente, mas parece-me totalmente improvável!
PaT: Não sou, mas já fui ;)
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