Os seus olhos vaguearam pelo quarto, sem destino.
Repousam agora no seu cansado reflexo, esbatido pela erosão de um dia ausente de paladar. Lembra-lhe as pétalas do seu Amor, em queda perpétua num cristal de tempo sólido, enterrado nas areias de mágoa que fluem na ampulheta da sua vida.
Tentou dizer algo a si próprio. Mas as palavras tombaram ao chão num batuque, após um frágil e trémolo bater de asa.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Pensamentos Divergentes (nº47)
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