No carro comecei a cantar mais ou menos isto, de improviso, e o texto seguiu-se forma igual.
Não passa ainda de um rascunho, tal como eu.
Mãe, eu quero viver noutro mundo
Eu quero viver noutro mundo
Que os momentos felizes são tão poucos
E eu não consigo mais viver sem sentido
E os religiosos são cegos ou loucos
Ouço-os a cantar dos telhados do meu vazio
E a medicina não encontra o meu remédio
Só me resta a dor para rasgar o tédio
Das noites em que fico sem mim
É demais este homicídio assistido
E tu pensas que é suposto ser assim
Que a vida é uma sucessão de actos falhados
Fomos criados para ser gado do silêncio
Mas eu afogo-me no mar do que penso, ouço e digo
Assim me revivo, num espaço em que ofusco
A esperança de ser aquilo que mais odeio,
Ignorante, não pensante, mais vale assim e ser feliz
Do que ser renegado do meu próprio coração...
E as ofensas que já lhe fiz
São muito menos do que as que ainda serão.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Pensamentos Divergentes (nº43)
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00:58
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