segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº26)

Fala-me de Deus como o fazias. E afaga-me o cabelo com toda a certeza do mundo de que existe um plano maior, a que todos obedecemos.

Porque toda esta responsabilidade de existir é grande demais. E o caminho que percorro ainda é longo. E para trás deixei muitas travessias melhores que esta. E as feridas do percurso parecem nunca se transformar em armaduras de calo.

Fala comigo como se fosse verdade, como se eu não tivesse deixado de ser a criança ingénua que acreditava que o mundo era feito certezas.

Fala-me de Deus, porque estou farto de ser eu a lançar os meus próprios dados sem nunca saber quais das faces terei de encarar.

E no final explica-me porque é que não me deixo a mim mesmo acreditar na mentira.

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