segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pensamentos Divergentes (nº5)

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De vez em quando, lembra-se da rapariga com cicatrizes profundas nos pulsos, que lhe ofereceu um pequeno objecto de cores escuras emprisionadas por uma estrutura redonda de vidro. Quem meça a idade pelos anos, dirá que ela era mais velha que ele.

Foi também há muitos anos atrás. Não se conheciam de lado nenhum, mas ela lera textos dele e, pelos vistos, tocaram-na de tal forma que ela quis partilhar aquela pedra preciosa com ele. Ela falou algo que ele não recorda bem, sobre o significado e a beleza das pequenas e insignificantes coisas.

Até hoje, ele ainda não conseguiu perceber bem qual o significado deste momento para ele.

Ele nunca mais a viu.

De vez em quando, ele pergunta-se sobre o que lhe terá acontecido.

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