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quarta-feira, 25 de maio de 2016
os mortos não falam por isso cala-te
se tudo correr bem ainda vais fazer dinheiro depois de morrer.
encher a boca de pó em vez da barriga de vermes que armazenaste a vida inteira.
encher a boca de pó para cuspir o que não tiveste a dizer.
e quando as raízes das árvores fizerem música com os teus ossos todos vão festejar a ausência de culpa em não saber o teu nome, a tua profissão e o teu número fiscal.
e já não vai haver ninguém para se lembrar que se esqueceu de ti
e podes não ser, feliz, para sempre
porque o que morre é a lembradura de ti
mas o viver do teu esquecimento é eterno.
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Durmo
Destes nossos gestos sem lei, vimos uma regra mais antiga que o tempo beijar a fronte dos nossos antepassados. Nada mais que grilos falantes, tentando afastar a noite com canções de insónia enquanto os soldados da miséria cosem novas cordas nos seus lábios, com o único propósito de tocar violinos de amor não falado.
E perguntas-me tu que espero eu retirar do balde que faço descer no poço. Que posso eu trazer à luz do buraco escuro que me sustem a sede.
Mas quando a máquina terminar o seu trabalho e as viúvas retornarem a casa, serão os botões a pratear as pálpebras com que teço o meu fim. Porque a olhar para o mundo, um dos pestanejares será o último. Só que eu não sei qual.
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terça-feira, 7 de julho de 2015
Estava só. Li. Deu dó.
Se podíamos ter feito diferente.
Talvez. Mesmo que não tivesse feito a diferença, podíamos ter feito diferente. Transformar os infinitos entre os átomos e os vazios de crença que caem em cascata sempre que não nos falamos a nós mesmos. E um ao outro.
Saber dizer-te, a um ritmo só. Saber que te dizer quando perguntas sem falar que foi que me aconteceu para ser como sou... sem me querer mudar, claro. Se foi o que me fizeram que me fez como sou.
Nada aconteceu, na verdade. O mesmo que a ti. O mesmo que a todos nós.
Foi só um espirro estelar.
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domingo, 14 de junho de 2015
Canção de embalar
O melhor é viver esta morte que pede colo de braços estendidos. Aceitar de bom grado o trago de tristeza que adormece a boca e ensurdece o embalar de amor do sono que evitamos. Passo a passo sem pisar as falhas - na dança de quem não consegue aguentar mais um único olhar. Esticados em linhas de som, à espera de secar no vazio do sempre. Tudo melhor que ficar preso a esta veia de dentes cerrados e fome de começar de novo, começar de novo, começar de novo.
O melhor é viver esta morte que pede colo de braços estendidos. Trocar a ordem do cagar e transformar a merda em ouro sem sujar as mãos. Não fosse ser português falar de tudo o que nos faz tristes sem mostrar mesmo o que nos vai na alma. Encobrir o pior com o apenas mau, um confortável leito de porcarias que fazem todo o sentido por sermos quem somos. Agora tapa a boca. Vai dormir.
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segunda-feira, 28 de julho de 2014
Gb6
Dez deuses em dez casinhas sonolentas, dormem nas periferias das minhas mãos.
Meus dedos esqueceram. Mesmo sabendo os acordes de cor, há músicas que se deixam de saber tocar sem o cálice da repetição.
Foste música. Foste musa. Saber-te-ei jamais.
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quinta-feira, 17 de julho de 2014
,.-
Tudo o que escrevo me aborrece.
Há anos que não falo. Esqueci-me de como falar.
Tenho uma língua feita de cinzas, brincando às escondidas algures no túmulo da cabeça.
Aqui jaz um pirata de agrafos no olho que lhe resta para não adormecer.
Aqui canta a senhora gorda, limpando o pó do palco vazio.
Em alguma parte de mim escondo as palavras que preciso nascer.
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quinta-feira, 12 de junho de 2014
Zombie T
Sacode o pó.
Roda o tornozelo.
Considera dançar o Thriller.
Pois bem.
Não sei se posso dizer que as notícias sobre a minha morte foram grandemente exageradas. Tenho no céu da boca um purgatório para pensamentos abortados à concepção.
I need
some
brains.
Vou tentar desenrolar a língua sem que ela caia ao chão.
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segunda-feira, 28 de abril de 2014
Desabafo de Menino
Saber que me fizeram assim. No meu reino, não há espaço para ser menos que o mundo. Dois dedos de conversa, uma testa inteira de falhanços para digerir durante a vida. Para a merda querer ser mais que merda, precisa primeiro saber que é merda, não é mãe? O problema foi não te ter dado ouvidos em tudo. Fosse eu igual ao fantasma que pariste nessa memória sonhada por todas as mulheres que sofrem por nossa causa. Ingratos desde o primeiro pontapé. Cagamos desilusão desde a primeira fralda e nem o sabemos se não nos for dito o resto da vida. Serei sempre menos homem. Menos gente que aquilo que devia ter nascido de gente.
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domingo, 2 de março de 2014
Pepitas de fome
"Há amor aqui" disse o velho.
"Há amor aqui para nos inundar, uma veia de amor por descobrir".
Mineiro.
De amor.
Escava o seu buraco na terra até não ver um palmo à frente dos seus senis olhos por acreditar que o amor é cego.
E eu, canário de ilusões, a única coisa que faço é musicar inspiração.
Até ao dia.
Tivesse braços, pegaria eu próprio na picareta.
E matava o velho antes que fosse tarde demais.
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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Carta que a Musa me escreveu
Faz isto.
Faz aquilo.
Não é nada disto.
É isto mas não chega.
Faz aquilo.
Não é nada disto.
É isto mas não chega.
Birrinhas de merda, é o que és. Ando eu aqui a tentar fazer algo pela espécie de coisa a que chamas de vida enquanto tu fazes o check obrigatório aos dias que passam.
Fizeste o teu trabalho? - Check.
Viste o correio? - Check.
Limpaste a cozinha? - Check-mate filho da puta, que até a
merda do microondas limpaste canto-a-canto. Que é que tu queres mais? Escrever Os Lusíadas do séc. XXI
de trás para a frente em pé numa Moto 4? Vai dar banho ao cão! - Check.
Ainda vais acabar na calçada com meio-chinelo no pé que te
resta, como o sem-abrigo na Avenida que a esta hora declama a sua demente
poesia a qualquer grupo de estrangeiros com um doze avos de português e que estejam
para o aturar. E tu aqui de papo para o ar a resmungar com a alma que tens,
porque nem o mundo inteiro de mão beijada te chegava para enganar a fome, a ganância,
a gula ou o que tu lhe quiseres chamar. Mas olha, pega aí no dicionário para ver se encontras
um sinónimo mais erudito para gula. Ou queres passar por parvo em frente da meia-dúzia de gatos pingados que tentam dar noção aos teus tristes devaneios que não são mais do que fruto do acaso? Nem a merda da cara és capaz de dar, como um cobarde que se esconde por detrás de um muro de palavras só para ver se a frase seguinte consegue esconder um pouco a verdade da anterior. Pim.
Não vai, nem racha. E achas que entretanto, por o teu coração se acalmar, que o trabalho está feito. Porque deste a esta febre de escrever aquilo que ela cria. (Verifica as vezes que quiseres, a última palavra não é um erro). Porque deste cedência de passagem a esta máscara que não é se não uma compulsão. E ficas satisfeito, porque há quem o tome por uma coisa chamada de Arte.
Quando tudo isto é pânico.
Tudo é ilusão.
Nada mudou.
Tudo se destrói.
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sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Processador criativo
- Lá estás tu novamente.
- Uh?
- Em frente a um ecrã, com uma folha artificial meio vazia a tentar despejar para aí alguma coisa.
- Ah.
- Só comunicas por grunhidos, como um neandertal. Como é que queres escrever alguma coisa com sentido?
- Estou distraído. Estou-me a tentar concentrar. Larga.
- "Mim não quer. Ir embora agora. Larga." É assim que tu soas, percebes? Nem constróis frases inteiras, pareces um telegrama. Estás a tentar poupar semântica para a escrita, não?
- Talvez.
- Bah. Nem sei porquê tanto esforço. Mais vale divertires-te com o que fazes. Se não andas aí às voltas em possíveis metáforas numa estória com um final pouco resoluto e que quase ninguém percebe, muito menos tu.
- Como a vida real, portanto?
- Olha para ele com ar triunfante. Se calhar devias guardar mais ironia pseudointelectual para a página, não?
- Era para me divertir, não era? Então deixa-me fazê-lo à minha maneira ainda que pareça tolo.
- À vontade.
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domingo, 30 de setembro de 2012
Pensamentos Divergentes (nº323)
ainda não nasceste e já te arrastaram
espetam-te na rua e é só para pisar
ainda vai haver trovoada a arrancar as pedras do chão
tirem-me esta droga das veias a que chamam destino
e refaçam-me o corpo nem que seja aos bocados
e a doer
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
12º A
Por vezes, a nicotina que me mancha os dedos faz uma nódoa cuja forma é impressionantemente semelhante à silhueta da inutilidade.
E então, frequentemente de copo na mão, dou por mim a pensar: talvez seja mesmo inútil. Talvez haja mais na vida para além desta sintética leveza de espírito trazida pelo álcool como forma de anestesiar uma angústia que neste momento me é estrangeira. Talvez haja mais nesta vida que seja possível alcançar sem ser à beira de um janela de um 12º andar, com nada mais nas mãos para segurar do que a casca vazia de uma passada esperança no futuro e uma futura frustração do passado.
Eu nunca irei perceber a segurança e a sensatez de quem nunca desejou morrer. E eu sei que estas vertigens não são do medo da altura mas o medo do futuro decidir atirar-se para o abismo. Não é medo de cair mas medo de um eu de vir a atirar-se por vontade própria.
Mas ultimamente tudo me dá vertigem.
Ao contrário de mim, há quem não tenha nada a perder. Eu só me tenho a mim.
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012
O Prometeus Moderno
Sei que há que chamar as coisas pelo seu nome, mas o teu nome é proibido por estas bandas. E ainda assim eu sobrevivi, por entre tiros de canhões e por cima de navalhas esticadas ao comprido pela estrada. Mas vê só o que fizeste de mim e o que de mim sobrou. Por se confirmar tudo sobre mim, calejam-me os pés e esfolam-se-me os pulsos.
Escrevo porque nunca te terei. Tento conquistar o fantasma de ti que habita no meu cérebro e que usa os vasos vazios de flores para assobiar canções de assombrar. Assim serei uma hipótese em desenvolvimento de um dia ser tudo aquilo que querias que eu fosse, apesar destas ruas serem de um sentido só e assim que alguém começa a andar não há volta atrás. E agora os cientistas do governo analisam-me e os seus entendidos relatórios diagnosticam-me de monstro inofensivo com um fraco por limonada e céus claros.
E canta o ditador da janela enquanto chovem bandeiras queimadas do céu: Isto é o que acontece quando nos deixamos levar pelo coração.
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terça-feira, 14 de agosto de 2012
Pensamentos Divergentes (nº314) - Processo criativo
Encantando, por vezes, mesmo sem coloração
as bruxarias agarradas por temporária adoração
desleixando as... Não. Não. Não, não. Que se foda. Não.
- Uhh... que é que estás a fazer?
- Não. Vai-te te foder. Não. Já chega. Recuso-me. Não.
- ... Onde vais?
- Fode-te. Vou-me embora. É demais. Chega. Não, não, não.
- Mas qual é o problema?
- O problema és tu. Fartei-me. Que é esta merda?
- Uhh...
- Só rimas com "ão"? A sério?
- Não vejo qual o proble-
- Vai-te foder.
- Se o problema é esse, não é preciso rimar... também não é coisa que eu faça assim tanto...
- Hermenêutica.
- Ãn?
- Ias usar a palavra "hermenêutica" num poema.
- ... Sim...
- Tens mesmo a mania que és intelectual, não é?
- ... Não...
- Mentiroso de merda. Que se foda. Desisto.
- Podíamos não fazer isto à frente das pessoas?
- Que se foda. Merecem saber. Que é esta merda? A sério? E tem de ser tudo deprimente contigo também, pá!
- Nem sempre...
- "Nem sempre" o caralho! E se fosses antes pela milionésima vez embebedar-te e ver o Big Lebowski? É patético à mesma mas ao menos assim divertias-te.
- Queria fazer algo mais útil...
- E isto é útil? Foda-se.
- Vá não te chateies...
- Foda-se meu... porque é que me fazes isto?
- Pronto... desculpa. Foi sem intenção.
- Snif.
- Queres ir ouvir Buddy Wakefield juntos? Só nós os dois.
- Sem seres pretensioso?
- Sem ser pretensioso.
- Prometes?
- Prometo.
- Ok...
- Pazes feitas?
- ... Pazes feitas.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
E-mail que recebi agora mesmo
Olá T. Daqui é a tua Musa... lembras-te de mim?
Não te vou aqui incomodar com as caóticas particularidades da nossa relação embora, como deves calcular, já começa a fartar este nosso romance de toca-e-foge em que me usas e abandonas a teu belo-prazer. E também não me agrada que simplesmente me escolhas ignorar quando não te é conveniente ou quando és demasiado preguiçoso para saber que se passa comigo. Bem, não interessa, já comecei a divagar - tudo isto são pontos de discussão válidos mas são para outra altura.
Ouve... eu sei que sempre tiveste a tendência para ficar aborrecido comigo. E eu sei que também não sou o epítome da estabilidade e isso não ajuda. Mas não te chateies com o que te vou dizer... é que acho que alguém tem de ser honesto contigo para te ajudar. É que... tu não és lá grande coisa.
Espero que não estejas já a choramingar. Bem sei que na melhor das hipóteses começas logo a dizer que estás farto de saber que és uma merda e que nunca vais ser nada de jeito - mas deixa-me chegar até ao fim.
Tu não és nada de jeito mas até fazes algumas coisas giras... de vez em quando. Se trabalhasses um pouco mais nisso aposto que terias melhores resultados e no fim ficávamos os dois mais satisfeitos. E sei que motivação não é contigo principalmente agora que andas com problemas pessoais e além do mais estás incapaz de arranjar oportunidade de emprego por mais entrevistas a que vás. Mas se calhar está na altura de tentares investir um pouco em ti e naquilo que queres, não?
Já estou à espera que depois disto amues e decidas passar uns dias sem me querer ver. Continuo mesmo assim com esperança de que aquilo que disse tenha algum efeito. Entretanto, fico à tua espera.
Sempre tua (mais ou menos),
Musa.
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segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Menos tarde que parece
Não cobrei esta mão de pedras para não ter de as ir apanhar uma a uma depois de as atirar. E se eu vejo que pouco mais me resta dizes-me não é assim; há muito mais para ainda se ver. E depois - andamos nessa conversa há tanto tempo, gerações de relógios se passaram no meu pulso desde o princípio e parece estar tudo no mesmo. Sussurram-me ao ouvido estas aranhas de palavras, monótonas mas sedutoras, escondidas por trás das orelhas, procurando-me mover tu sabes que sempre foi assim. E eu vou escondendo de ti segredos sobre mim. Porque nem me apercebo que vivo. Porque a minha vida é só isto. Frustração e páginas e páginas e páginas de texto que nunca mais irei ler.
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terça-feira, 26 de junho de 2012
Saramago Jr.
Os muros perguntam que vais tu fazer, esta rua é sempre a mesma coisa com as viúvas tristes e os putos ranhosos, nem muros nem gente com um pingo de sentido de direcção, colados ao chão que os viu andar como que para algum lado, e tu andas pensando ser melhor que esses outros que tanto suspiram enquanto evitas explicar essas coisas feias que metes nas veias para estares perto de ti sem ter vontade de fugir.
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terça-feira, 12 de junho de 2012
Monodiálogo
- ' Exactamente, o que é que tu queres de mim? ' . O repouso nocturno papagueia no seu ombro, recordando estrelas efémeras de negras abóbadas passadas, circunscritas num rosto raivoso pintado na mais bela das inúteis estátuas. Pergunta-lhe o vento assim, carregando as palavras como se suas. ' O tempo é só a percepção do desperdício dele mesmo ' pensa ele, e logo o esquece para não ter de se confrontar com o infinito tapete que se desenrola por baixo dos seus pés. É assim mesmo - uns dias matamo-nos para sobrevivermos a nós próprios; há que estrangular a verdade para estarmos vivos no dia seguinte de forma a podermos continuar a procurar pela verdade. Jazem no ar as pirâmides das palavras abortadas ao mar de aflição, como tantas vezes se faz na companhia de quem nos dói amar. É um comboio de amarguras, indo sabe-se lá para onde. Corta as paisagens e desaparece para sempre no horizonte. Há quem viva só a acenar a quem vai lá dentro.
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sexta-feira, 25 de maio de 2012
Pensamentos Divergentes (nº291)
Porque levas esse revólver na garganta
e apontas directo ao coração
deixando-me nua perante ti.
Nem me conheço quando estás...
E fico com o mundo inteiro por encontrar
quando ninguém está a ver...
Mas tu estás sempre a ver...
os teus olhos beijando o espaço
entre o meu ombro e o meu pescoço
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